JUSTIFICATIVA - PL 0389/2016
Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência, a fim de ser submetido ao exame
e
deliberação dessa Egrégia Câmara, o incluso projeto de lei que objetiva
regulamentar o
disposto no artigo 10 da Lei Orgânica do Município de São Paulo, que prevê a
convocação de
plebiscitos antes de se proceder à discussão e aprovação de obras de valor
elevado ou que
tenham significativo impacto ambiental.
Sendo uma das marcas deste governo a criação de mecanismos voltados a fomentar a
participação popular, ora se envia a essa Edilidade proposta de instituição de
mais um
instrumento destinado a essa finalidade, consistente na regulamentação dos
plebiscitos
preconizados na nossa Lei Maior, de modo a equilibrar a necessária importância
do crivo da
sociedade civil paulistana às obras de maior impacto na cidade, especialmente
aquelas
estabelecidas no Programa de Metas a que se refere o artigo 69-A desse diploma
legal.
Nesse sentido, a presente propositura preconiza a instituição do Plano de Obras
Públicas, a ser apresentado pelo Prefeito eleito ou reeleito juntamente com o
Programa de
Metas e, pois, no início de cada nova gestão, contemplando as obras prioritárias
para o
Município, mormente as de valor elevado e as que tenham significativo impacto
ambiental,
além de diretrizes para obras de menor porte e impacto.
No mais, a mensagem fixa o prazo para o recebimento da proposta de plebiscito, a
ser
assinada por 2% (dois por cento) do eleitorado, a respeito das obras listadas no
aludido Plano
de Obras Públicas, bem como delimita o seu objeto e faculta a realização de
plebiscito
específico no âmbito de determinada Subprefeitura.
Outra medida, por fim, diz respeito à possibilidade de apresentação de proposta
de
plebiscito em relação a obras de elevado valor e significativo impacto ambiental
não
apresentadas pelo Executivo no Plano de Obras Públicas, nas condições que
estabelece e
desde que observadas as demais normas constantes desta proposta legislativa.
Assim sendo, evidenciado o interesse público de que se reveste a iniciativa,
submeto-a
à apreciação dessa Egrégia Casa de Leis, contando com o seu indispensável aval.
Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência meus protestos de apreço e
consideração.
Publicado no Diário Oficial da Cidade em 03/08/2016, p. 87
REGULAMENTA O ARTIGO 10 DA LEI ORGANICA DO
MUNICIPIO DE SAO PAULO
Assunto:
APRESENTACAO / APROVACAO / ASSINATURA / CMSP /
CONVOCACAO / DIRETRIZ / DISCUSSAO / ELEITOR / IMPACTO AMBIENTAL
/ INCLUSAO / LEI ORGANICA DO MUNICIPIO / MUNICIPE / OBRA PUBLICA
/ PARTICIPACAO POPULAR / PERCENTAGEM / PLANO DE OBRAS PUBLICAS /
PLEBISCITO / PMSP / POPULACAO / PRAZO / PREFEITO / PRIORIDADE /
PROGRAMA DE METAS / PROPOSTA / PUBLICACAO / REGULAMENTACAO /
REJEICAO / SUBPREFEITURA / VALOR / VOTACAO
Comis. desig.:
CONSTITUICAO E JUSTICA - JUST
POLITICA URBANA,METROPOLITANA,MEIO AMB. - URB
ADMINISTRACAO PUBLICA - ADM
FINANCAS E ORCAMENTO - FIN
Tramitação:
SGP22
Recebido em 21/07/2016
Encaminhado em 04/08/2016
PROC-CMSP
Recebido em 05/08/2016
Encaminhado em 05/08/2016
JUST
Recebido em 05/08/2016
Projeto que institucionaliza
Sistema de Participação Social avança na CCJ Atualizado em (26/10/2016 – 15h48) | Comissões, Constituição, Justiça,
Geral, Notícias
Reunião da CCJ lotou o auditório Prestes Maia Foto: Luiz França / CMSP
DA REDAÇÃO
Em reunião ordinária da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação
Participativa), realizada nesta quarta-feira (26/10), os vereadores deram
parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 389/2016, do Executivo, que dispõe
sobre a institucionalização, consolidação e organização da Política Municipal de
Participação Social, bem como cria o Sistema Municipal de Participação Social.
O vereador Alfredinho (PT), que preside a comissão, entende que a proposta
enviada a Câmara pelo prefeito Fernando Haddad tem o objetivo de garantir a
amplitude da democracia. “Por mais que a Câmara e seus vereadores represente a
população, mas a democracia deve ser mais ampla possível e a população através
dos conselhos é um dos mecanismos da democracia. Todo prefeito que assuma a
cidade de São Paulo, independente do partido, terá que seguir essa lei”, disse.
Atualmente, existem 49 Conselhos de Políticas Públicas, distribuídos entre 20
Secretarias. Além desses, há os Conselhos Gestores, nos fundos municipais, nos
equipamentos da Saúde, da Educação, nos CEUS e nas praças e parques públicos.
Câmara recebe PL que institui a Política Municipal de
Participação Social
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antonio Donato (PT),
recebeu nesta sexta-feira (29/7) do prefeito Fernando Haddad o Projeto de Lei
(PL) que institui a Política Municipal de Participação Social. Atualmente, na
capital paulista tem 32 conselhos municipais — um em cada subprefeitura —, o
Conselho de Planejamento e Orçamento Participativo, o Conselho da Cidade e 19
Conselhos Temáticos.
A proposta, criada a partir de discussões realizadas em diversos territórios do
município, tem como objetivo institucionalizar todas as formas de participação
social e estimular os cidadãos a utilizarem as ferramentas digitais para
monitoramento de políticas públicas. “O projeto ajuda a consolidar uma política
pública de participação. A gente tem feito um esforço enorme de dar maior
importância para a participação, por meio dos conselhos, por meio de paridade de
gênero. Os conselhos, no passado, foram muito esvaziados porque não havia uma
política de ativação desses espaços. O projeto deixa de ser uma política de
governo e passa a ser uma política de Estado, fazendo com que nenhum governo se
furte dessa responsabilidade”, sinalizou Haddad.
O presidente do legislativo paulistano elogiou a proposta e garantiu que a
Câmara Municipal se esforçará para que o projeto seja aprovado. “Vamos debater
melhor essa matéria e aprofundá-la. Temos inúmeras formas de participação
social, muitas delas criadas nesta gestão, e é importante termos uma política de
articulação, de emponderamento e de valorização para termos uma cidade mais
justa e democrática”, disse Donato.
O secretário municipal de Direitos Humanos, Felipe de Paula, acredita que o
projeto é fundamental para a população. “A proposta estrutura a política de
participação social na cidade para que o cidadão entenda que a cidade é dele e
ele pode participar das decisões. A cidade deve ser construída de maneira
coletiva”, argumentou.
Para a coordenadora de participação social da mesma pasta, Maria José Scardua, a
medida garante que todos os projetos deverão ser discutidos com a sociedade. “A
ideia é que toda política da prefeitura, a partir da sanção desse projeto, seja
feita com a população”, explicou.
Integrante do conselho participativo de Santana e do Fórum da Mulher, Ana
Choueri comemorou a criação desse projeto. “Os conselhos são ferramentas
importantes para a democracia. Essa proposta é fundamental para que, se mudar o
governo, os conselhos sejam mantidos. É a voz da população direta com o poder
público”, argumentou.
A diretora do Instituto Lula, Clara Ant, e o ex-ministro Gilberto Carvalho
participaram de um debate sobre a importância da participação social.
“Institucionalizar é importante, mas os conselheiros não podem deixar que os
conselhos sejam uma extensão do governo. É necessário que haja diversidade para
fazer com que esses espaços sejam, de fato, representativos”, disse.
O poder público deverá utilizar cada vez mais a tecnologia para estimular a
participação da sociedade para a elaboração e avaliação das políticas públicas
na cidade. Essa é uma das propostas previstas no Projeto de Lei, do Executivo,
que está em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo e institui a Política de
Participação Social.
De acordo com a medida, a prefeitura deverá estimular a participação digital por
meio da criação e desenvolvimento de ferramentas eletrônicas, preferencialmente,
em formato aberto e com software livre, inclusive para a elaboração do Programa
de Metas – ações previstas para serem realizadas por determinado governo – e
para o monitoramento das políticas públicas.
O projeto ainda cria diretrizes para as instâncias de participação social, como
o voto direto, secreto e universal, paridade de gênero, limite de mandatos,
definição clara das atribuições, publicidade das reuniões e decisões.
“O projeto ajuda a consolidar uma política pública de participação. A gente tem
feito um esforço enorme de dar maior importância para a participação, por meio
dos conselhos, por meio de paridade de gênero. Os conselhos, no passado, foram
muito esvaziados porque não havia uma política de ativação desses espaços. O
projeto deixa de ser uma política de governo e passa a ser uma política de
Estado, fazendo com que nenhum governo se furte dessa responsabilidade”,
sinalizou Haddad.
O presidente da Câmara, vereador Donato (PT), gostou das medidas previstas no
projeto. “Vamos debater melhor essa matéria e aprofundá-la. Temos inúmeras
formas de participação social e é importante termos uma política de articulação,
de emponderamento e de valorização para termos uma cidade mais justa e
democrática”, disse.